KAWARA WELCH TERIA DESENVOLVIDO OBSESSÃO POR MÉDICO APÓS CONSULTA
Uma história brasileira lembrou a série Bebê Rena, da Netflix, em que a advogada Martha Scott desenvolve uma paixão obsessiva pelo bartender/comediante Donnie Dunn e passa a lhe mandar centenas de emails todos os dias e persegui-lo em seu local de trabalho. O que havia começado como uma amizade acaba se tornando um thriller assustador. Baseada em fatos reais, a série vem dando o que falar e foi impossível não associar as duas histórias quando uma queixa de perseguição foi dada à polícia por um médico de Ituiutaba, cidade do Triângulo Mineiro, que preferiu não se identificar. Em 2018, o médico foi procurado em seu consultório pela bela Kawara Welch com sintomas de depressão. Logo após alguns atendimentos, o Stalking começou a ganhar força no que seriam cinco anos de medo e perturbação.
Kawara Welch passou cinco anos perseguindo o médico e sua família. Fonte: Instagram
CRIME PASSÍVEL DE PRISÃO
O Stalking, que signfica em inglês o ato de perseguir outra pessoa. Seja por meios físicos, seguindo a pessoa pelas ruas ou observando-a em cada movimento de maneira obsessiva, ou por meios digitais, como mensagens de celular, ligações ou emails em quantidade exagerada e com conteúdo insistente é considerado crime passível de 6 meses a 2 anos de prisão caso haja condenação. Além dos possíveis agravantes como crimes contra mulheres.
Neste caso, Kawara era a stalker.
“Ela teve acesso ao meu celular e começou a passar mensagens e fotos perturbadoras mesmo, amarrando lençol, corda no pescoço, se despedia de mim. Eu entrei em pânico”, contou o médico, que preferiu não se identificar, em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, na edição de domingo, 19.
AMEAÇAS À FAMÍLIA
O médico parou de atendê-la, mas a perseguição se deu também em plantões nos hospitais em que trabalhava, o que apenas agravou a situação. “Troquei o número de celular umas 3 ou 4 vezes, mas parei de trocar porque vi que era totalmente inútil. Ela tinha uma facilidade incrível em achar meu número novo”, afirmou o médico. Inúmeras ligações também foram feitas para a mulher e para o filho de apenas 8 anos do profissional. Além das evidências dos telefonemas e das mensagens, foram encontradas nas investigações da polícia montagens feitas por Kawara, retratando ela com o médico e dando a impressão de que os dois tinham um caso. A vigilância começou a acontecer nas ruas e também em congressos que o médico frequentou e, além disso, Kawara chegou a invadir uma consulta e agredir outra paciente.
Assim como na série Bebê Rena, ação da polícia não teria se dado de imediato, proporcionando momentos de tensão para a família e medo de uma tragédia.
A PRISÃO
Kawara chegou a ser presa em flagrante pela polícia, porém ficou apenas uma semana detida. A fiança de R$3.500,00 foi paga e ela passou a responder ao processo em liberdade. Contudo, em março de 2023, a Justiça determinou a prisão preventiva dela por voltar a descumprir as medidas cautelares. Kawara ficou mais de um ano foragida até ser presa na semana passada, numa faculdade em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, onde estudava nutrição.
O DESFECHO
A perseguição se daria por longos cinco anos, em que mais de 40 boletins de ocorrência seriam registrados descrevendo todas as investidas da stalker. A história aparentemente teve seu desfecho sem maiores acidentes.
Ainda assim o advogado de Kawara afirma que houve um envolvimento entre ela e o médico e diz ter provas substanciais. O médico, contudo, nega que tenha mantido qualquer relacionamento com ela. Desde 2023, ele e a esposa estão em terapia para lidar com crises de pânico que surgiram devido aos episódios.
